quarta-feira, 29 de setembro de 2010




Talvez o outro fosse.
Talvez um viajasse,
Talvez outro fugisse,
Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos,
Talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não.
Talvez algum partisse, outro ficasse.
Talvez um perdesse peso, o outro cabelo.
Talvez não se vissem nunca mais, com olhos de amor,
Talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem juntos.
Talvez fossem sequestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe.
Talvez tudo, talvez nada. Caio F. Abreu

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